Operação na Maré obriga Fiocruz a adotar ‘home office’

A decisão coincidiu justamente com o dia em que a própria Fiocruz organizava, em parceria com outras instituições, um encontro para discutir formas de enfrentamento à violência armada no Rio

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Com o avanço da violência nas imediações do Castelo Mourisco, a instituição suspendeu as atividades presenciais não essenciais por segurança — Foto: Reprodução

Parte do efetivo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi obrigada a adotar o trabalho remoto nesta terça-feira (13/05) após a instituição acionar seu plano de contingência no campus Manguinhos-Maré. O motivo foi a operação policial de grande porte que começou ainda na madrugada no Complexo da Maré e resultou na morte de Thiago da Silva Folly, o TH, um dos criminosos mais procurados do estado e apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (T).

Com o avanço da violência nas imediações do Castelo Mourisco — prédio histórico que abriga setores istrativos da Presidência da Fiocruz —, a instituição suspendeu as atividades presenciais não essenciais por segurança. Vias importantes da cidade, como a Linha Amarela, chegaram a ser interditadas sete vezes ao longo do dia devido ao tiroteio, que também afetou o trânsito em outras vias expressas do Rio.

A decisão de colocar parte dos trabalhadores em home office coincidiu justamente com o dia em que a própria Fiocruz organizava, em parceria com outras instituições, um encontro para discutir formas de enfrentamento à violência armada no Rio. A reunião, mantida para as 18h na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um esforço conjunto que reúne a UFF, a UFRJ, a Fiocruz e outras nove entidades acadêmicas e sociais.

A proposta da agenda é atuar na preservação da vida, na garantia de direitos e na tentativa de transformar a cultura de medo que se impôs sobre muitos territórios da Região Metropolitana. Segundo os organizadores, a iniciativa busca construir soluções sustentadas no conhecimento científico e no diálogo com as comunidades afetadas.

Na operação de hoje, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) localizaram TH em um “bunker” no Morro do Timbau, um dos principais pontos de atuação do T na Maré. O confronto foi intenso. Após oito meses de monitoramento, com apoio da Subsecretaria de Inteligência, o traficante foi encontrado morto.

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1 COMENTÁRIO

  1. Mas o presencial não é necessário, a salvação, ainda mais em setor público?
    Ora é pra voltar, fazem festa, depois vira home office.
    Não entendo mais nada.

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