Bagunça na Orla – Bastidores do Rio

Audiência pública na Câmara do Rio discute decreto de Eduardo Paes sobre a orla e escancara movimentações políticas em torno do projeto de Flávio Valle. Secretários convidados não compareceram.

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Foto: Daniel Martins/Diário do Rio

Bagunça na orla
Uma audiência pública superpolêmica movimentou a Câmara Municipal esta semana. Tratando das regras de funcionamento das atividades econômicas que ocorrem na orla carioca, o evento debateu um decreto bastante rígido do prefeito Eduardo Paes sobre o tema e deixou claro que o ato do alcaide só existiu como “puxão de orelha” para forçar os setores a discutir com um de seus queridinhos, o vereador Flávio Valle, que busca protagonismo para seu projeto de lei que trata do mesmo tema.

Bagunça na orla II
Todos os discursos falaram, a todo momento, sobre o impacto turístico da orla e suas atividades, como quiosques, barracas, ambulantes, escolinhas esportivas, grandes eventos etc. Tanto é que a audiência foi convocada pela Comissão de Turismo da Câmara, presidida por Valle.

Bagunça na orla III
Anunciada no site da Câmara Municipal como autoridade que estaria presente, a secretária da pauta tratada, o Turismo, Daniela Maia, não apareceu.

Bagunça na orla IV
Parte dos debates tratou da cultura carioca representada pelas rodas de samba e música ao vivo que acontecem na praia. Alguns oradores falavam que a proibição prevista no decreto seria um ataque à cultura do Rio, que Eduardo Paes sempre diz defender. O secretário de Cultura, Lucas Padilha, também não deu as caras.

Bagunça na orla V
A vereadora fashionista Talita Galhardo teve a melhor sacada da audiência, quando disse que todos os afetados pelo decreto foram pegos de surpresa pelos termos dele, exceto o vereador Flávio Valle, que deve ter visto antes o teor do texto que, de uma hora pra outra, levantou a bola do seu projeto de lei. Coincidência, claro.

Bagunça na orla VI
Empresários acharam o decreto um terremoto desnecessário e anacrônico só pra dar um susto e fazer todo mundo ter que debater com Valle.

Caixeiro viajante
Não são só Paes e Castro que ficam viajando vendendo o Rio de Janeiro. O vereador Rodrigo Vizeu vai terça para São Paulo conversar com o presidente da Shopee Brasil para falar sobre diminuição das taxas, parcerias para o Rio de Janeiro, falar sobre a importância do combate à pirataria e produtos que colocam em risco a saúde e a segurança dos consumidores, e ajustar algumas parcerias para que a empresa possa ajudar algumas ONGs que cuidam dos animais.

Caixeiro viajante II
Volta no mesmo dia, mas quinta está em São Paulo de novo para reunião com o presidente e diretoria da FEBRABAN para trazer a plataforma Meu Bolso em Dia.

Devo, não nego
A Lei Tributária do município já estipulava que o cidadão tem que ser ressarcido sempre que, por ventura, pagar um imposto ou taxa à prefeitura em duplicidade. No entanto, no melhor estilo “pago quando puder”, não havia prazo para essa restituição.

Devo, não nego II
Mas isso não vai ficar assim: projeto de lei que acaba de ser apresentado pelo vereador Rafael Aloisio Freitas fixa em 15 dias o prazo do ressarcimento.

Pela cultura
O presidente Lula recebeu uma comissão da manifestação dos servidores federais da Cultura no Capanema durante a cerimônia de entrega do Capanema e da Ordem do Mérito Cultural.

Cães em apartamentos
O Patas & Rolhas, bar de vinhos e cafeteria pet friendly na Tijuca, pensado para criar conexões e estimular a adoção de animais de estimação, vai promover nesta quarta-feira, dia 21 de maio, o “Cãoversa – Cães em Apartamentos: boas práticas para um cão mais saudável e comportado”. O encontro será a partir das 19h30, na Rua Uruguai, 345, loja B.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Tem que moralizar, organizar mesmo. As praias estão um mafuá!! invadidas por todo tipo de pessoas com caixas de som, musica horrivel nas altura, barracas horrorosas, imundas.
    Mas eu acho dificil o Paes levar adiante visto a pressão dos barraqueiros e interessados.

  2. A orla do Rio é um verdadeiro caos, cheia de abusos e ilegalidades, é precioso sim ordenar/regulamentar e enquadrar todos os tipos de comércio e atividades sem exceção, esse é o papel da prefeitura, por ser público não justifica a bagunça e que cada um faça o que quiser do espaço, como é agora, o decreto é necessário, oportuno e exige uma fiscalização rigorosa.

  3. Sobre a reorganização da orla, é só fazerem os interessados se sentarem juntos. As pessoas que vivem o dia na praia tem a expertise do negócio e do atendimento, muitos deles conhecidos internacionalmente e com amizade com gente que pode vender o negócio Rio. Criar um monstro legal da noite pro dia apenas para “corretar” a orla, expulsando o que agora não agrada para “vender” grandes eventos não vai dar certo. A correria na areia vai rolar solta. Sobre a restituição de pagamentos indevidos por duplicidade, já não era sem tempo. Alegar que vai pro “caixa único” da fazenda municipal, ar por trâmites internos pra devolver um dinheiro que foi pago num clique…Com a informatização que a prefeitura carioca dispõe é fazer o contribuinte mais idiota do que já é.

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