Um estudo realizado por pesquisadores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ verificou como as pessoas chegam a um dos principais pontos turísticos do Rio, o Parque Bondinho Pão de Açúcar. Coordenado pelo professor Glaydston Ribeiro, do Laboratório de Otimização e Sistemas de Informações Geográficas, o levantamento entrevistou 2.800 visitantes com o objetivo de compreender os padrões de deslocamento e propor alternativas para mitigar os impactos causados ao bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.
O resultado aponta que mais de 60% dos visitantes do Pão de Açúcar utilizam automóveis, sejam eles próprios, por aplicativo ou táxis, para ar a atração, e enfrentam dificuldades significativas para estacionar nas imediações. Em dados mais específicos: cerca de 12,6% dos entrevistados disseram ir de carro próprio. Desses, 41% relataram levar mais de 15 minutos para encontrar uma vaga, e apenas 42,8% conseguiram estacionar na própria Urca. Os demais foram obrigados a procurar espaço na Praia Vermelha ou em áreas mais distantes, como shoppings.
O transporte por aplicativo lidera o o ao parque, com 39% dos visitantes, seguido pelos táxis (11%). Já o transporte coletivo convencional é pouco utilizado: apenas 3,1% dos visitantes chegam de ônibus comuns. O motivo disso seria a baixa oferta e redução das linhas nos fins de semana.
Com base na análise, o estudo propõe um conjunto de ações para melhorar a mobilidade na Urca de forma eficiente e sustentável. Algumas medidas são: melhoria da oferta de transporte coletivo, principalmente aos fins de semana; parcerias com empreendimentos vizinhos para ampliar o número de vagas fora do bairro; criação de áreas específicas de embarque e desembarque, com ibilidade garantida; e implantação de um sistema inteligente de estacionamento rotativo, com sensores de ocupação e aplicativos que informem a disponibilidade de vagas em tempo real.
O Parque Bondinho Pão de Açúcar diz que tem conhecimento e apoiou o estudo de tráfego conduzido pela UFRJ, tendo inclusive promovido um encontro com a comunidade local para divulgar seus resultados, reforçando seu compromisso de gerar impacto positivo no Rio.
É a tal da falta de infraestrutura (somada a falta de segurança) que prejudica o potencial turístico.
Nada tem a ver com custo de serviços para justificar política de tax-free, pois o Brasil tem a moeda desvalorizada.