No filme Comer, Rezar e Amar, estrelado por Julia Roberts, muitos tiveram um vislumbre do que é um ashram e do papel de um guru. A história retrata uma mulher em busca de sentido, navegando por desafios internos enquanto encontra um espaço de recolhimento e aprendizado espiritual.
Quando assisti ao filme pela primeira vez, a ideia de estar em um ashram parecia distante. No entanto, conforme fui me aprofundando no Yoga e no Vedanta, explorando práticas ancestrais e me desafiando em busca de um despertar mais profundo, a Índia ou a fazer parte do meu calendário anual de viagens. E, inevitavelmente, esse momento chegou.
A semente foi plantada em outubro de 2024, quando entrevistei Swami Ramakrishnananda Puri para minha coluna no Diário do Rio. Naquela conversa, tive um primeiro contato com a força de Amma, a mestra indiana iluminada que transforma vidas por meio de um simples abraço. Alguns meses depois, desembarquei na Índia, em março de 2025, e senti que precisava atravessar o país para chegar ao ashram de Amma. Assim, começou minha peregrinação.
O que é um ashram?
Um ashram é uma comunidade espiritual dedicada à conexão com o divino. No budismo, equivaleria a um mosteiro. Mas sua essência vai além: é um espaço de aprendizado, disciplina e devoção, onde cada gesto, pensamento e palavra reverberam com uma potência maior.
Ir a um ashram não é uma experiência turística ou um intercâmbio cultural, ainda que religioso. Não há registros fotográficos ou filmagens — apenas a vivência pura e transformadora. Estar ali é um compromisso com o plano espiritual, um mergulho profundo no autoconhecimento. É como um hospital para a alma, a mente e a energia, curando aspectos sutis que, inevitavelmente, refletem na saúde física.
Ao decidir ar um período em um ashram, é essencial cultivar uma atitude interna positiva. Cada instante exige um olhar atento para enxergar o belo em tudo o que se apresenta.
Nos próximos textos, compartilharei mais sobre essa experiência profunda.
Que experiência incrível!