Condenada por laudo técnico, com recomendação de demolição, a Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava, na Região Serrana fluminense, segue como motivo de preocupação para quem precisa ar a via.
Está prevista para agosto a do novo contrato de concessão da BR-040, no trecho entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, pelos próximos 30 anos.
Ainda assim, os moradores de Petrópolis continuam preocupados, pois querem a substituição da Ponte do Arranha-Céu, localizada no km 68 da rodovia, que segue em uso diário, inclusive por veículos pesados.
A previsão é de que uma nova ponte seja construída apenas em 2028, de acordo com o edital da licitação vencida pelo consórcio Nova Estrada Real, em 30 de abril. Mas o posicionamento da Associação Unidos por Itaipava (UNITA) trata como prioridade a construção do equipamento – ainda para o início das operações do novo trecho da BR-040.
Temendo o iminente colapso da estrutura e exigindo providências imediatas, a UNITA pretende encaminhar ofícios à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao consórcio Nova Estrada Real.
A ANTT e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já haviam confirmado à UNITA que a Ponte do Arranha-Céu será substituída por uma nova Obra de Arte Especial (OAE), com duas faixas de rolamento.


A execução da obra, no entanto, está prevista para a nova concessão, cujo início é em 15 de agosto. Dessa forma, o DNIT alegou não haver tempo hábil para qualquer intervenção emergencial. Já a ANTT confirmou a data prevista no edital de licitação, que prevê início das obras da ponte apenas em 2028.
Apesar do risco e da falta de fiscalização, a Ponte do Arranha-Céu continua sendo usada por condutores, mesmo com sinalização precária e sem barreiras de impedimento ao tráfego de caminhões e ônibus.
Diante da gravidade da situação, a UNITA considera que o uso da estrutura representa uma omissão “inissível”.
“A ponte está comprometida e deveria estar interditada. É inissível que, mesmo após o reconhecimento do risco pelo próprio DNIT, a travessia siga liberada sem controle. O que está em jogo é a segurança da população”, afirma Alexandre Plantz, presidente da UNITA.
A entidade cobra ainda que o novo contrato apresente um cronograma da demolição da ponte atual, da construção da outra estrutura, com ambas as etapas sendo executadas de forma rápida e com transparência.
“Enquanto a nova operadora não assume, o poder público precisa agir. Não dá para tratar uma ponte condenada como se fosse um problema futuro. É uma urgência de agora”, reforça o secretário da UNITA, Fabrício Santos.
