Nada de guardar emoções densas que possam desequilibrar a nossa paz interior. Essa é a proposta da “sala da raiva” (Rage Room – em português), espaço destinado ao extravasamento dessa emoção tão intensa e recriminada socialmente. A “sala da raiva” foi pensada para ser um espaço controlado onde tudo pode ser destruído, à base de marretadas e golpes de tacos de beisebol. Tudo com o intuito de distensionar e desafogar as emoções negativas.
No local, é possível arrebentar, com muito ódio, louças, eletrodomésticos e outros tipos de objeto, que são cobrados por unidade ou levados para a casa pelos usuários. O projeto surgiu no Japão, um país tecnicamente zen, em 2008, e se espalhou globalmente, tendo chegado às cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem (MG) e Goiânia (GO). Para destravar o lado Pinscher da força, os usuários podem pagar até R$ 1.800 a experiência
Com valor fixo, cada sessão fica mais cara de acordo com a duração da interação liberadora. Apesar de parecer uma brincadeira, a experiência requer o uso de equipamentos de segurança, como capacetes, óculos especiais e até macacões. As casas que oferecem o serviço também definem regras de vestimenta, que envolvem proibição do uso de saltos, uso obrigatório de calças e de calçados que protejam os pés.
O material destruído é recolhido pelos funcionários dos espaços e costumam ser destinados a postos de reciclagem. Os itens usados na sessão de descarrego emocional são antigos e avariados, não representando um desperdício.
Há “salas da raiva” que contam com bares ou outra forma de entretenimento da clientela. O o à bebida alcóolica, no entanto, é limitado para não atrapalhar a brincadeira ou prejudicar os clientes. O objetivo é a tornar, apenas, a experiência mais animada, segundo O Globo. Especialistas avaliam que o espaço pode ser uma ferramenta para aliviar o estresse e regar o organismo de hormônios relacionados com a sensação de bem-estar, como a endorfina.
A primeira “sala da raiva” do Rio de Janeiro fica na Glória, na Zona Sul, e funciona desde fevereiro, na Rua Santo Amaro, 160. Para extravasar na Destruction Zen, o cliente deve marcar hora, via WhatsApp 21 98374-0139. As sessões acontecem de quarta a domingo, das 14h às 22h, com duração a partir de 20 minutos, para até 4 pessoas. A entrada custa R$ 45, além dos itens a serem quebrados, que partem de R$ 5. Podem entrar: público em geral, e famílias têm desconto de 10% na taxa fixa.
A “sala da raiva” carioca também permite que o usuário leve seus objetos para destruir. O pacote especial custa R$ 90 e tem duração de 20 minutos. O local possui bar. As garrafas das bebidas consumidas no local podem ser levadas para dentro da sala para serem destruídas. O limite é de duas unidades por pessoa.
Autodenominada a primeira “sala de raiva do Brasil”, a Rage Room CT, funciona no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. A casa, localizada Rua Francisco Vieira, 89, é uma das mais completas para quem quer viver esse tipo de experiência. Cada sessão tem uma taxa fixa de entrada, que começa em R$ 25, para 30 minutos, com até 3 pessoas, além do valor dos itens quebrados. Garrafas custam R$ 1; discos, R$ 3; copos, R$ 5; e pratos, R$ 10. Eletrodomésticos, como TVs, aparelhos de som e micro-ondas, têm preços a partir de R$ 50. Carros velhos e avariados também podem ser destruídos. A ativação pode ser feita em grupo de até 10 pessoas. O pacote custa R$ 1.800,00 e deve ser agendado com 20 dias de antecedência, via 11 96397-1648).
A unidade de Contagem (MG) funciona na Rua José Barra do Nascimento 1750, Eldorado, quinta e sexta-feira, das 18h30 às 21h30; sábado, domingo e feriados, das 16h às 21h30, com agendamento pelo WhatsApp 31 7181-0055. A sessão de 30 minutos custa R$ 49,90 e dá direito a destruir seis garrafas, um eletrônico pequeno e um item de brinde. Objetos adicionais custam a partir de R$ 1. O espaço oferece vale-presentes e descontos para turmas.
Em Goiânia (GO), a The Rage, que funciona na Rua 85, nº 1469, quadra 62, lote 05, setor marista, é a grande atração. O espaço está aberto de quarta a sexta-feira, das 16h às 19h; além de sábado e domingo, das 15h às 19h. O The Rage oferece sessões a partir de R$ 50, que incluem quatro garrafas e dois itens adicionais para destruir. Agendamento via site ou WhatsApp 62 99236-8282.